
No princípio era o violão, que era absoluto, pelo menos dos 8 aos 12 anos. Depois a bola de futebol e as brincadeiras de rua faziam a festa do garoto de Realengo. A música que esperasse – esperou.
Aos 18 anos, serviço militar obrigatório, ele preferiu a espontaniedade, o lado voluntário de ser pára-quedista. E Marcos de Souza Nunes brevetou-se, tornou-se pé-marrom, sim senhor. Mas… no quartel havia uma banda, que ficou na caminho de Marcos. Nesse meio tempo, Marquinhos já incorporava ao seu nome a abreviatura PQD. Um bom “salto”, tanto que já sentira o prazer de ver algumas músicas gravadas. Em 1983, o grupo Fundo de Quintal registrava no vinil o samba Fazes do Amor, onde Marquinhos dividiu versos e melodias com os parceiros Chiquinho e Fernando Piolho. Um ano depois, Beth Carvalho, cadeira e mesa cativas no pagode do Fundo de Quintal, gravava Coração Feliz. E de 85 a 87, Marquinhos entrou numa saudável erupção: Mussum, Marcelo Guimarães, Elymar Santos, Jovelina Pérola Negra reconheceram a veia artística do nosso pára-quedista.
Para esquentar um pouco mais a trajetória desde compositor, íntimo das pautas musicais e afinadíssimo com a sua atividade profissional, a velha Censura posou de guardiã da moralidade e proibiu a execução de Já Foi Uma Família, faixa do LP do Fundo de Quintal. Bolas para a Censura, quem comprou o disco, escuta em casa e divulga a música com muito mais energia e convicção social
Marquinhos PQD revela a humildade dos que se sabem competentes, e a gratidão dos raros artistas que honram esta nossa cultura popular. Em muitos momentos, prefere falar de seus amigos/parceiros como Arlindo Cruz, Sombrinha, Franco, Luiz Carlos da Vila, Acyr Marques, Beto Corrêa, entre outros.
O compositor tem, além dos grandes nomes citados acima, musicas gravadas por: Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Grupo Molejo, Exaltasamba, Grupo Pixote, Os morenos, O Rappa, Grupo Raça, Grupo Pirraça, Roberto Ribeiro, Agepê, Reinaldo, Almir Guineto, Alcione, Pique Novo, Entre outros
Marquinhos PQD é artista da terra, que acima de tudo, honra a cultura popular.